Medidas Anti-Crise Versão MLXXXI
Foi hoje aprovado em conselho de ministro o pacote de medidas anti-qualquer coisa, nas quais se inclui a taxa adicional de IRS de 1 ou 1,5%, e o aumento das taxas de IVA para 6, 13 e 21%, bem como uma taxa adicional de IRC de 2%.
Mais um aumento de impostos, como se os contribuintes tivessem uma capacidade infinita de pagar impostos, pois afinal é muito mais fácil e rápido aumentar taxas de IVA, de IRS e de IRC do que por cobro ao completo desperdício que reina na nossa administração publica.
È mais fácil aumentar impostos, que reduzir o número de deputados, que reduzir o número de assessores, que deixar de comprar viaturas topo de gama para os políticos usarem no fim-de-semana, acabar com as relações estranhas entre a política e os grandes grupos; etc…
Depois acontecem coisas curiosas, aparecem alguns banqueiros a atirar bitaites para o ar como se não tivessem nada a ver com o problema, quando todos sabemos que os bancos em Portugal pagam cerca de 16% de taxa de IRC quando em Espanha pagam mais de 26%, ora se se corrigisse esta tremenda injustiça seria necessário aumentar o IRS ou o IVA????
Todos parecem concordar que Portugal precisa de um conjunto muito grande de reformas,
SE CALHAR DEVIA-SE COMEÇAR POR TROCAR OS POLÍTICOS QUE TEMOS!!
Por último gostaria de saber quem é que se lembra de aumentar impostos em 1,5% (ou 1%) mas que depois se aplica só a 7/12 do rendimento, não encontraram forma mais complexa de aumentar impostos? Ou será uma tentativa de impossibilitar que as pessoas determinam em quanto foi o rombo (talvez trocando o m por um u ficasse melhor) no orçamento.
Devem-se divertir lá no conselho de ministros, vira-se o ministro das finanças e diz:
- Oh pá, alem de lhe aumentar-mos os impostos, vamos arranjar umas fórmulas esquisitas para ver se eles não percebem quanto lhes vamos sacar a mais…
As vezes tenho pena de não ter nascido na Alemanha, mas depois dou por mim a pensar que se assim fosse era alemão, e acabo por dizer que mal por mal prefiro ter nascido em Portugal (embora cada vez o diga com menos convicção)...